O Arquivo de Identidade Angolano apresenta exposição fotográfica Intitulada “Corpografia: Gestos e Lugares de (RE) Existência” inaugurada no dia 11 de Agosto de 2023, no Cúbico, centro cultural e abrigo da AIA.
Patente até o dia 22 de Setembro 2023, a exposição proporcionou reflexões inclusivas sobre o conceito tradicional de leitura dos corpos, género, identidades e expressão das mulheres no geral e em particular das mulheres LBTIQ+.
As fotografias evidenciam diferentes corpos de mulheres dentro da sociedade angolana e, principalmente, desconstroem os estereótipos relactivamente aos padrões atribuídos às mulheres que expressam-se, identificam-se e têm uma orientação sexual fora da construção social heteronormativo.
“Ao nos apercebermos de que não existe um espaço de fala para mulheres LGBTIQ+ em Angola, isso atendendo o contexto social, religioso, político e cultural, sentimo-nos na obrigação de criar a primeira exposição sobre corpos, identidades e expressão de género das mulheres angolanas, negras com diferentes status sociais, políticos, acadêmicos e culturais fora dos padrões da heterossexualidade, do patriarcalismo e do machismo com a finalidade de manter vivo o nosso arquivo histórico de referência de conteúdos sobre gênero e sexualidade e identidades, e não só, aproveitando essa oportunidade para quebrar”, referiu a AIA.
Victoria Marques, fotógrafa da exposição, é Brasileira, mulher negra, Terapeuta Ocupacional, Fotografa, Especialista em Diversidade Sexual e de Gênero e Pós- Graduada em Saúde Mental, e Atenção Psicossocial.
Esta exposição nasce de uma série de questões como; Que corpos são habitualmente visibilizados? De que forma? Por quem? E quando se trata de corpos queer? Mesmo dentro da comunidade LGBTQIA+ que corpos podem de fato se expressar? E não menos importante, permite que a AIA fortaleça a interligação da arte com ativismo e advocacia dentro de seus trabalhos.
